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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Circuito Verdes Mares de Vaquejada será lançado Sábado (1º DEZEMBRO)



Será oficialmente lançado nesse final de semana na cidade de Fortaleza – CE o Circuito Verdes Mares de vaquejada,o evento que terá inicio em 2013 será lançado no Villa Mix um evento de música sertaneja na capital cearense com os artistas Gustavo Lima e Jorge & Matheus que acontecerá no Marina Park  na noite do próximo Sábado (1º Dez)  ,durante o dia haverá um almoço para os donos de parques,imprensa e patrocinadores a noite durante a festa a direção do evento irá disponibilizar de um camarote para os mesmos.Todo o evento terá cobertura total da emissora local filiada a Rede Globo a TV Verdes Mares a qual o circuito leva o nome e a partir dessa segunda  a federação já vai estar de portas abertas para aqueles que estiverem a procura de mais informações sobre o circuito aqui segue o telefone 85 34829191 falar com Luísa.Em breve estaremos iniciando as vendas de inscrições antecipadas do Circuito Verdes Mares de Vaquejada/2013. Serão nove etapas. Vendidas na sede da Federação, junto com informações e regulamento, daremos prioridade aos nossos vaqueiros do Ceará nos primeiros dias de vendas.
Desde já, Grato.
Fábio Nóbrega, (85) 96210101.

FONTE : http://www.doidimporvaquejada.com/

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Entrevista exclusiva com Gera Guerra, o melhor vaqueiro amador do Brasil em 2012.




1-      Você já pensava em ser o melhor do ano desde o inicio do ano, ou só queria consagrar seu cavalo como o melhor?

Todos nós sonhamos com isso, tanto queria ser o melhor como também consagrar meu cavalo, afinal de contas quem seria eu sem meu fiel escudeiro.

2-      Qual foi a maior dificuldade durante o ano, os adversários de alto nível ou o cansaço?

Os dois, tanto os adversários de alto nível, quanto o cansaço, pois esse campeonato é muito longo, sem falar na pressão que existe por parte das redes sociais e sites do ramo, que sempre fizeram matérias e enquetes. Com isso, se você não mantiver o foco endoida e perde as estribeiras.

3-      Você sempre teve em mente o foco de ser o melhor ou isso amadureceu durante o ano?

Essa pergunta a repórter Clara Marinho do Portal Vaquejada me fez no começo do ano, não foi nestes termos, mas ela me perguntou qual era meu objetivo para esse ano e eu respondi “ser feliz”. E foi isso que busquei o ano todo, fiz novas amizades, evitei ao máximo qualquer tipo de atrito com todos, mas isso sempre acontece dentro de uma competição. Porém acho que fiz o certo, pois quando magoei soube pedi perdão e quando fui magoado perdoei de coração.

4-      O que você tem a falar do seu cavalo?

Rapaz, acho que já falei, ele é meu chodó e um amor que tenho, mas na minha opinião eu acho ele um excelente cavalo, espetacular mesmo, pois ele sempre me surpreendeu, quando acho que não tem mais jeito ele tira uma carta da maga e resolve tudo com a maior facilidade.

5-      Sua evolução como vaqueiro você deve principalmente ao DSD ou também ao seu entrosamento com Adjailson Paiva?

Aos dois, pois sem um cavalo bom e um estereiro bom você nunca vai tão longe e quanto a Adjailson todos sabem que é um dos melhores do Brasil e é muito experiente, foi justamente essa experiências que me ajudou, junto com as várias correções que ele me deu. Por isso, chegamos onde chagamos, eu, ele o meu cavalo e o cavalo de esteira dele.

6-      O que você tem a dizer dos seus adversários diretos durante o ano?

Os homens são duros de verdade, acho que desde o início do Ranking Nacional nunca teve uma disputa tão arrochada. Os principais foram Diego de Eliziário e Felipe Saraiva, todos os dois são meus amigos nos damos muito bem. Vale ressaltar isso, pois até emprestar cavalo uns aos outros aconteceu neste ano, emprestei minha égua a Felipe no Parque Millany e Diego me emprestou o cavalo dele no Parque Nina Alencar e me ofereceu no Arrocha o Nó.

7-      Por fim, esse título inédito que você conquistou é fruto de muita dedicação, como você explica esse sucesso?

Como você mesmo disse é um fruto, pois nos plantamos para depois colher e isso nada mais é do que uma recompensa pelo trabalho durante esse longo ano de competição. Obrigado meu DEUS, pois sei que isso tais me dando senhor porque mereci, obrigado por me abençoar e que eu continue sempre fazendo por onde merecer.

Entrevista concedida por Gera Guerra em 26/11/2012.
FONTE: Alisson Guerra (alisson_chico@hotmail.com) EMAIL

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ADAGRI ( AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ ) FECHA O CERCO


ANO IV Nº220FORTALEZA, 21 DE NOVEMBRO DE 2012 37 AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ PORTARIA Nº788/2012 - O PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ, no exercício de suas atribuições legais nos termos da Lei nº13.496, de 02/07/2004, alterada pela Lei nº14.481 de 08/10/2009, RESOLVE DESIGNAR NÉLIO BATISTA DE MORAIS, ocupante do cargo de Diretor de Sanidade Animal, com matrícula 001704-1-0, para responder pela Presidência do Órgão, nos dias 08 e 09/11/2012. AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, em Fortaleza, 07 de novembro de 2012. Francisco Augusto de Souza Júnior PRESIDENTE Registre-se e publique-se. PORTARIA ADAGRI Nº795/2012. ESTABELECE MEDIDAS DE COMBATE AO MORMO NOS CASOS DE EXAMES CLÍNICOS OU LABORATORIAIS POSITIVOS PARA MORMO, COM INTERDIÇÃO DO TRÂNSITO DE ANIMAIS EQUÍDEOS NOS TERMOS DA PRESENTE PORTARIA NO ESTADO DO CEARÁ. O PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ (ADAGRI), no uso das atribuições que lhes são conferidas pela Lei nº13.496, de 02/07/2004, alterada pela Lei nº14.481, de 08/10/2009, CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal nº9.171, de 17/01/1991, em seus arts.27-A, 28-A e 29-A, a Lei Estadual nº14.446, de 01/09/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da notificação, prevenção, controle e erradicação das doenças dos animais e dá outras providências, regulamentada pelo Decreto Estadual nº30.579, de 21/06/2011, CONSIDERANDO a Instrução Normativa MAPA nº24, de 5/4/2004 – MORMO (DOU 12/4/2004), CONSIDERANDO que o mormo é uma doença infectocontagiosa que acomete equídeos, tendo como agente etiológico a bactéria Burkholderia mallei e que os equinos são considerados o reservatório natural da bactéria, porém, os muares e asininos também são acometidos (WHITLOCK et al., 2007) e CONSIDERANDO que esta enfermidade é uma zoonose porque o homem também pode ser infectado, bem como pode afetar felinos, camelos e caprinos (SCHELL et al., 2007), RESOLVE estabelecer as seguintes medidas de defesa agropecuária nos casos de comprovação de equinos positivos para Mormo em propriedades localizadas no Estado do Ceará, na forma abaixo: Art.1º. Em razão da constatação de exames laboratorias com resultado positivo para Mormo, ficam interditadas as propriedades relacionadas no anexo 1 da presente Portaria. Art.2º. Deverá ser feito o levantamento soroepidemiológico de todos os equídeos existentes nas propriedades positivas e propriedades com vínculo epidemiológico. Art.3º. Fica identificada como zona afetada pelo Mormo os Municípios listados no anexo 2 da presente Portaria. Art.4º. Fica suspensa a realização de eventos agropecuários com a presença de equídeos, tais como exposições, leilões, feiras, bem como as formas de aglomeração de animais com fins esportivos tais como cavalgadas, enduros, vaquejadas, rodeios, provas de laço, provas de tambor e baliza, hipismo, turfe, até restabelecimento do status sanitário em relação à ocorrência Mormo dentro da zona afetada e nos municípios listados no anexo 2. Parágrafo ùnico. O evento agropecuário poderá ser autorizado desde que o promotor do evento proíba a participação de equídeos e atenda as demais determinações da ADAGRI. Art.5º Fica suspensa a emissão de Guia de Trânsito Animal – GTA para equídeos oriundos dos municípios listados no anexo 2 e das propriedades pertencentes ao levantamento soro epidemiológico até a liberação pela ADAGRI. Art.6º. Fica suspensa a emissão de GTA para qualquer evento agropecuário realizado dentro da zona afetada. Art.7º. Os casos omissos na presente Portaria serão dirimidos pela Presidência da ADAGRI. Art.8º. Revogam-se as disposições em contrário. Art.9º. Esta Portaria entra em vigor a partir de sua publicação. AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 12 de novembro de 2012. Francisco Augusto de Souza Júnior PRESIDENTE ANEXO 1 DA PORTARIA ADAGRI Nº795/2012 Lista de propriedades INTERDITADAS para condução de investigação epidemiológica após detecção de EXAME POSITIVO para MORMO. 1.Haras Mastruz com Leite (Código ADAGRI/SIDAGRO 23037091710), localizada no município de Caucaia, pertencente à Unidade Local de Caucaia. (Foco em Saneamento). 2.Propriedade Mestre Antônio, localizada no município de Caucaia, pertencente à Unidade Local de Caucaia. (Foco em Saneamento). 3.Haras Bandeira Ranch, localizada no município de Horizonte, pertencente à Unidade Local de Pacajus. (Foco em saneamento). 4.Haras Coluna Ranch localizada no município de Horizonte, pertencente à Unidade Local de Pacajus. (perifoco em saneamento). 5.Haras Passatempo, localizada no município de Caucaia, pertencente à Unidade Local de Caucaia. (perifoco em Saneamento). 6.Haras Aragão, localizada no município de Caucaia, pertencente à Unidade Local de Caucaia. (foco em Saneamento). 7.Fazenda Lagoa de Pedra, localizada no município de Ibaretama, pertencente à Unidade Local de Quixadá. (propriedade com vínculo epidemiológico em Saneamento). ANEXO 2 DA PORTARIA ADAGRI Nº795/2012 RELAÇÃO DE MUNICÍPIOS ENQUADRADOS NAS DETERMINAÇÕES SANITÁRIAS DESTA PORTARIA 1. Aquiraz – UL Pacajus; 2. Barreira – UL Pacajus; 3. Cascavel – UL Pacajus; 4. Caucaia – UL Caucaia; 5. Chorozinho – UL Pacajus; 6. Eusébio – UL Pacajus; 7. Fortaleza – UL Maranguape; 8. Guaiúba – UL Maranguape; 9. Horizonte – UL Pacajus; 10. Itaitinga – UL Pacajus; 11. Maracanaú – UL Maranguape; 12. Maranguape – UL Maranguape; 13. Ocara – UL Pacajus; 14. Pacajus – UL Pacajus; 15. Pacatuba – UL Maranguape; 16. Paracuru – UL Caucaia; 17. Paraipaba – UL Caucaia; 18. Pentecoste – UL Caucaia; 19. Pindoretama – UL Pacajus; 20. São Gonçalo do Amarante – UL Caucaia; 21. São Luís do Curu – UL Caucaia

ADAGRI identifica casos de mormo no Ceará


A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará identificou cinco casos de mormo nos equideos do Estado. Quatro animais já tiveram a doença confirmada e foram sacrificados, conforme preconiza a legislação federal. Um segue fazendo os exames e caso, seja confirmado, também será sacrificado.  As propriedades ficam em Caucaia e Horizonte e todos os equideos do lugar estão isolados e passando por teste de diagnóstico para mormo. Animais da propriedade foco, vizinhas ou outros que tiveram qualquer contato, estão passando por inquérito soroepidemiológico, de acordo com a análise de risco da equipe da Adagri.  As amostras de sangue coletadas estão sendo enviadas para o LANAGRO em Recife; um dos laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O procedimento dura em média 45 dias.

A identificação do mormo só foi possível graças ao empenho da equipe do Programa  Nacional de Sanidade dos Equídeos, que passou a ser responsabilidade da ADAGRI em outubro deste ano.  Entre outras atribuiçoes, a agência, desde então, é uma das responsáveis pela prevenção, controle e erradicação do mormo. “Estamos trabalhando intensamente e precisamos do apoio dos proprietários dos animais para manter a saúde dos equídeos e de toda a população”, afirma Leonardo Burlini Soares, médico veterinário e um dos coordenadores do Programa no Ceará.    
Leonardo, faz referência à dificuldade dos fiscais agropecuários de trabalhar nas vaquejadas, já que nem todos colaboram com a fiscalização: a GTA (guia de trânisto Animal, documento obrigatório e os exames de mormo e anemia infecciosa (AIE).  Sem os exames, não há como saber se o animal está sadio. É importante ressaltar também que, o animal doente pode transmitir o mormo para o homem, visto que a doença é uma zoonose muito perigosa.

Um estudo epidemiológico está sendo feito para identificar a origem do mormo e as vaquejadas, principalmente as irregulares, podem ser a porta de entrada para a doença no Ceará, visto que muitos animais vem e circulam em outros estados. “Estamos protegendo o patrimônio deles”, lembra o médico veterinário e também fiscal Antônio Amorim.

A cultura de vaquejada no Ceará e outras aglomerações de animais facilitam a disseminação da doença. Por isso é importante a fiscalização da ADAGRI nesses eventos agropecuários exigindo os documentos  zoosanitários obrigatórios.
Hoje no Ceará, onze propriedades estão interditadas por serem foco da zoonoze, adjacentes ou com risco epidemiológico. 147 amostras já foram enviadas para o Lanagro e outras 23 amostras serão enviadas nos próximos dias. A partir dos resultados, a equipe do Programa de Sanidade Equídea irá determinar quais os procedimentos serão adotados. Se libera a propriedade ou  continua com ações de saneamento. Nas propriedades foco será realizado um segundo exame, mesmo que o primeiro resultado venha negativo, para se for o caso, suspender a interdição das propriedades.


Assessoria de comunicação
(85) 3101 8137
www.twitter.com/@adagri

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SURTO DE MORMO NO CEARÁ ATINGE CRIAÇÃO DE EQUINOS

Portaria deve proibir eventos equestres na Região Metropolitana de Fortaleza, onde há mais casos da doença
Iguatu O Ceará enfrenta um surto de mormo, uma zoonose, que atinge equídeos (cavalo, burro e jumento) e o homem. Inicialmente, foram confirmados dez casos na Região Metropolitana de Fortaleza, nas cidades de Aquiraz, Caucaia e Horizonte. Onze propriedades estão interditadas. A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) é a responsável pela coleta de exames, interdição de propriedades e a eliminação dos animais contaminados. O quadro atual traz preocupação para produtores rurais e para a Adagri.

Agentes da Adagri já vêm realizando o controle de doenças em cavalos. Em 2010, identificou casos de Anemia Infecciosa Equina no Sertão Central FOTO: ALEX PIMENTEL


Hoje ou amanhã deve ser publicada uma portaria da agência que suspende por um período de 60 dias a realização de eventos equestres (vaquejadas, prova de baliza, tambor e cavalgadas) na Região Metropolitana de Fortaleza. A proibição foi validada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com o presidente da Adagri, Augusto Júnior, o mormo é uma doença grave e o quadro atual é preocupante. "Estamos com 72 médicos veterinários e uma equipe de fiscais em campo em uma ação efetiva para agirmos com rapidez, interditando propriedades, coletando amostras de sangue para exames e realizando o combate ao foco e às áreas vizinhas", explicou. "Já houve eutanásia (sacrifício) de dez animais".

Até hoje, 150 amostras foram enviadas para o Laboratório Lanagro, em Recife, unidade oficial do Mapa. Dez tiveram resultados confirmados como positivo. São quatro focos confirmados, sendo dois em Caucaia, um em Aquiraz e outro em Horizonte. Como o Ceará passou a ser uma área endêmica, há exigência de que no prazo de 60 dias, novos exames sejam feitos.

Há vários anos que o Ceará não registrava caso de mormo, que é uma doença que remonta ao século XIX e chegou ao Brasil por meio de animais vindos da Europa. Em meados da década de 1980 ressurgiu no Nordeste brasileiro, atingindo animais de trabalho, na Zona da Mata, em Pernambuco. Embora sejam mais resistentes fisicamente, burros e jumentos são mais susceptíveis à doença.

Controle do foco
Em outubro passado, a Adagri passou a ser responsável pelo Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE). Antes, o serviço era realizado pela Superintendência Federal da Agricultura do Mapa, em Fortaleza. As ações da Adagri no combate à doença incluem saneamento do foco, de uma área de raio de 3km da propriedade com animal contaminado, coleta de sangue dos animais circunvizinhos, interdição de propriedades por um prazo de 45 dias e eutanásia dos animais contaminados. Após esse período, é feito novo exame nos animais suspeitos.

Hoje, será realizada às 10 horas, na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Ceará (Favet-Uece) uma reunião com representantes da Adagri e veterinários para discutir o modo de eutanásia dos animais contaminados. A Adagri optou por uso do rifle sanitário, com tiro a curta distância na testa do animal, mas há quem defenda a utilização de injeção letal. "Nos dois casos não há dor e sofrimento do animal e queremos reduzir o risco de contaminação do técnico", justificou Augusto Júnior.

O mormo e a Anemia Infeciosa Equínea (AIE) são doenças de notificação obrigatória e uma portaria do Mapa determina que os laboratórios devem informar em prazo de 12 horas o resultado do exame para a Adagri e somente em 48 horas ao proprietário. Anteriormente, o resultado demorava até 60 dias para ser informado às autoridades, facilitando a fuga de animais contaminados, em particular no caso da AIE. "Hoje é de imediato", ressalta Augusto Júnior. São realizados dois exames: de coleta de sangue para sorologia e da pálpebra (maleina) com colocação de reagente no olho. O teste é considerado conclusivo para o Mapa.

O trânsito dos equídeos deve ser acompanhado da Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida pela Adagri. Até ontem, a agência não tinha informações de casos em outras regiões do Estado. "Os casos verificados estão restritos à Região Metropolitana de Fortaleza", disse Augusto.

A identificação do mormo no Ceará ocorreu graças ao empenho da equipe do PNSE. "Estamos trabalhando intensamente e precisamos do apoio dos proprietários dos animais para manter a saúde dos equídeos e de toda a população", afirma Leonardo Burlini Soares, médico veterinário e um dos coordenadores do programa no Ceará.

Com relação à AIE, Augusto Júnior informou que há no Ceará 1.308 animais contaminados que precisam ser sacrificados. "É um passivo desde 2007", disse. "A demanda está elevada e há dificuldade de localizar esses animais que, às vezes, foram transferidos para outras áreas". A suspeita é de que muitos produtores tentam evitar o sacrifício de animais contaminados com a AIE, pois durante algum tempo a doença não apresenta sintomas. Entretanto há o risco de contaminação de outros animais por meio de mosquito, uso compartilhado de arreios, esporas e ainda de monta.

"Os fiscais estão em campo para verificar hoje o que existe desse passivo acumulado nos últimos cinco anos", explicou Augusto Júnior. No caso da AIE, ocorre a interdição da propriedade que registrar foco, mas não há necessidade de bloqueio de unidades criadoras vizinhas.

Soares faz referência à dificuldade dos fiscais agropecuários de trabalhar nas vaquejadas, já que nem todos colaboram com a fiscalização. "Sem os exames e a GTA não há como saber se o animal está sadio", frisou. Um estudo epidemiológico está em curso para identificar a origem do mormo no Ceará e as vaquejadas podem ser a porta de entrada para a doença no Estado, pois esse tipo de evento atrai animais de outros Estados.

FIQUE POR DENTRO
Infecção ocorre por meio de uma bactéria
O mormo, também conhecido como lamparão, é uma doença infecto-contagiosa que acomete equídeos e tem como agente etiológico a bactéria Burkholderia mallei. É uma zoonose e pode ser contraída pelo homem.

Na década 1960, foi considerada extinta no Brasil. No entanto, estudos sorológicos realizados em 1999 e 2000 detectaram a presença da doença em alguns estados do Nordeste brasileiro.

A infecção por esta bactéria se da através do contato com fluídos corporais dos animais doentes, como: pus, urina, secreção nasal e fezes. Este agente pode penetrar no organismo pela via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (através de alguma lesão), alcançando a circulação sanguínea, indo alojar-se em alguns órgãos, em especial, nos pulmões e fígado. Esta bactéria possui um período de incubação de aproximadamente 4 dias. A doença pode apresentar-se na forma aguda ou crônica.

Mais informações:
Adagri Ceará, Avenida Bezerra de Menezes, 1820, (85) 3101. 2500

FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1205352

terça-feira, 20 de novembro de 2012

FINAL ABRAVA SERÁ EM TABULEIRO DO NORTE



Final do 13º Circuito Nacional de Vaquejada Mastruz com Leite.


R$ 350.000 EM PREMIAÇÃO!!!



PROFISSIONAL 1º LUGAR - R$ 50.000,00
2º ao 20º VAGAS DE R$ 10.000,00
(1ª Senha - R$ 1.500,00 / 2ª Senha - R$ 1.000,00)

AMADOR 1º LUGAR - R$ 20.000,00
2º ao 15º VAGAS DE R$ 2.000,00
(1ª Senha - R$ 400,00 / 2ª Senha - R$ 400,00)

- Os 10 mais pontuados do Circuito Mastruz com Leite e os 20 classificados da Vaquejada Parque Martins, concorrerão a um CARRO no CAMPEÃO DOS CAMPEÕES.

- UM CARRO PARA OS VAQUEIROS DA TROPA DE ELITE - Senha R$ 800,00

ATRAÇÕES:

Dia 13 (Quinta) - FORRÓ NO GALPÃO GRÁTIS

Dia 14 (Sexta) - ARREIO DE OURO e LIMÃO COM MEL

Dia 15 (Sábado) - FORRÓ REAL, TOCA DO VALE e FORRÓ DO MOVIMENTO

Dia 16 (Domingo) - FORRÓ PAI D'ÉGUA & MARCONE DO ACORDEON e FORRÓ BOTA PRA MOER & JOÃO BANDEIRA JR.
OBS.: DOMINGO MULHER NÃO PAGA.


ATENÇÃO ABRAVA's!!!
De acordo com a organização da Vaquejada do Parque Martins, seguem abaixo as informações para participação na última etapa do CIRCUITO ABRAVA 2012, que acontecerá nos dias 13,14,15 e 16 de Dezembro de 2012, no Parque Haras Martins, em Tabuleiro do Norte - CE.
1- As vaqueiras que quiserem participar da tropa de elite desta última etapa, terão que fazer pelo menos uma senha na categoria amador no valor de R$100,00;
2- As vaqueiras que fizerem as duas senhas, no valor de R$200,00, já entrarão, automaticamente, na tropa de elite com duas chances;
3- A tropa de elite desta última etapa provavelmente acontecerá no sábado;
4- Logo após a tropa de elite desta etapa, serão classificadas, por pontuação, as 10 vaqueiras mais pontuadas em todo o circuito, incluindo a pontuação da Fidelidade;
5- Apenas as e dez vaqueiras mais pontuadas poderão participar da TROPA DE ELITE FINAL que, povavelmente acontecerá no domingo.
6- ATENÇÃO: Só participarão da TROPA DE ELITE FINAL, as vaqueiras associadas e que estiverem sem pendências com a associação.
7- TROPA R$ 10 MIL E A FINAL 03 (TRÊS) MOTOS 0km
Atenciosamente,
Marcela Nolêto
PRESIDENTE DA ABRAVA

As três melhores amazonas irão receber do Locutor Sampaio o troféu
O MUNDO DA VAQUEJADA

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CIRCUITO VERDES MARES DE VAQUEJADA 2013

Com 19 anos de experiencia e impecável administração de 7 grandes circuitos com expressivas premiações, a Federação Cearense de Vaquejada retorna com o VIII CIRCUITO VERDES MARES DE VAQUEJADA, com o objetivo de resgatar definitivamente a força da cultura deste esporte,
 que virou uma paixão inexplicável no Brasil.

AMIGOS VAQUEIROS PROFISSIONAIS E AMADORES
Em breve estaremos iniciando as vendas de inscrições antecipadas do Circuito Verdes Mares de Vaquejada/2013. Serão nove etapas. Vendidas na sede da Federação, junto com informações e regulamento, daremos prioridade aos nossos vaqueiros do Ceará nos primeiros dias de vendas.
Desde já, Grato.
Fábio Nóbrega, (85) 96210101.
P.S: em breve site e fone da Federação.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Em prol do vaqueiro AMADOR


Esse tema vem gerando polêmica dentro da vaquejada nos últimos anos, ou seja, embora vários Circuitos e Associações venham tentando unificar os critérios de avaliação e o perfil do vaqueiro amador através de seus regulamentos, isso não é fácil.
A grande dificuldade encontrada por todos que querem traçar um perfil exato do vaqueiro amador está nos critérios de avaliação, pois, os melhores Circuitos e Campeonatos do país que lidam com essa categoria sempre esbarram em algum requisito de avaliação. Com isso, decidimos abordar esse tema e falar um pouco do que seria um vaqueiro AMADOR.
A categoria AMADOR surgiu em por volta do ano 2000, quando os proprietários de parques observando o aumento do profissionalismo dentro do esporte, adotaram esta categoria como uma forma de equiparar o grau de competitividade. Onde os amantes da vaquejada que competiam na época pudessem disputar de igual pra igual com os demais.
Com o passar dos anos e a evolução do esporte, tudo mudou, as premiações cada vez mais altas, conseqüentemente o valor das inscrições também aumentou, com isso, é notável a mudança no perfil do vaqueiro AMADOR. O grau de competitividade hoje é muito maior do que o de anos atrás, hoje um vaqueiro AMADOR para se destacar e competir de igual para igual com os demais, precisa de toda uma estrutura semelhante a dos profissionais. Ocorre que, quem vive dentro do esporte sabe que a muitos anos a categoria Profissional está estacionada, ou seja, os profissionais são os mesmo de 5, 10 anos atrás.
É muito difícil identificar hoje um AMADOR que se tornou Profissional, já que mesmo sendo um vaqueiro de ponta na categoria amador, ele precisará de toda a estrutura física e financeira necessária para competir entre os profissionais. Infelizmente o que acontece muito é um vaqueiro que se destaca entre os amadores virar “alvo” dos demais, alvo, no sentido de mobilizar os diretores de Circuitos e promotores de vaquejada para barrar este vaqueiro de correr na categoria AMADOR.
Pois bem.
Entretanto, é notável que estes vaqueiros que acabam sendo barrados da categoria amador, não conseguem sequer competir entre os profissionais, tendo em vista que para isso precisa de uma grande estrutura, que inclui no mínimo um cavalo bom, um caminhão adequado para aquela finalidade e um bom patrocinador. Portanto, para muitos, dizer que um vaqueiro amador de ponta é profissional é fácil, difícil é dar as condições necessárias para esse vaqueiro se tornar um profissional.
 Vale ressaltar, o papel de algumas Associações quanto a unificação das regras que regulamentam a categoria, um exemplo é a FEVAP (Federação dos Vaqueiros amadores da Paraíba), uma das pioneiras no ramo que moralizou e deu um novo perfil ao vaqueiro amador, bem como a ASSOVARN (Associação dos Vaqueiros Amadores do Rio Grande do Norte); o CAMPEV (Campeonato Pernambucano de Vaquejada); Circuito Pernambucano de Vaquejada e outros que neste seguimento são exemplos de organização quanto aos critérios de avaliação do vaqueiro AMADOR.
Neste contexto, é triste quando dentro de um esporte tão bonito como a vaquejada é notável a presença de pessoas utilizando a má-fé para tentar excluir estes vaqueiros que se destacam entre os amadores. Hoje, se for analisar o Ranking Nacional 2012, os 10 primeiros colocados são vaqueiros que, embora sejam amadores se comportam como profissionais, e isso é o diferencial.
Existem vaqueiros que a vários anos vem se destacando entre os amadores e nunca foram impedidos de correr nesta categoria. Ocorre que, os protestos para retirar os amadores giram sempre em torno de uma discussão, o perfil do vaqueiro AMADOR.
Sabemos que é complicado fazer uma triagem perfeita entre os amadores, pois, sempre vai existir fatores que não permitam, ou seja, por ter um cavalo melhor; por correr sempre com um esteira profissional; por se concentrar como um profissional; por ser tecnicamente superior, em fim, são muitos os fatores que levam um amador a figurar entre os melhores.
Portanto, não há que se falar em excluir os vaqueiros que se destacam na categoria AMADOR, e sim, reconhecer que os bons resultados obtidos é fruto do seu esforço e dedicação. Vale salientar, que a categoria AMADOR hoje é tão concorrida quanto a categoria profissional, já que os amadores competem nos melhores animais em busca das premiações que as vezes se equiparam com a dos profissionais.
Por tudo que foi exposto, entendemos que é uma injustiça, uma punição e não um reconhecimento como deveria ser, todos os protestos que visão tão somente retirar os melhores amadores de sua respectiva categoria.

 Parque Liberdade – Limoeiro/PE

Tudo pronto para a última etapa ASSOVARN 2012

Será de 23 a 25 de novembro a final do V Campeonato ASSOVARN de vaquejada, o maior campeonato de vaqueiros amadores do Brasil. E o palco não poderia ser outro, Cidade dos Cavaleiros em Parnamirim (RN).

Como de conhecimento de todos, essa é uma pista que oferece a maior vantagem em realizar o evento da final, primeiro em relação às dimensões da pista de competição que não deixam a desejar; comprida, larga e bem forrada. A localização é outro ponto forte, apenas 10 km da capital, as margens da BR-101, fácil acesso, possibilitando assim que os familiares dos competidores possam se fazer presente para assistir as disputas.  Além de tudo isso a organização irá colocar umas carradas de arreia na faixa para deixa-la ideal.

Etinho como promotor e Jarbinhas como atual presidente garantem que vão mostrar porque este parque foi eleito pelos associados como o mais votado entre as oito etapas, e já informar que a boiada, de propriedade de um importante criador do RN, está separada sendo mantida em regime de pasto, através de pivô central, ou seja, é uma boiada que está toda com saúde e não vai dar trabalho aos organizadores, e deixará o amador satisfeito, já que é toda mobral.

A premiação segue a mesma mantida, sendo 32 mil reais, e o gatilho de 1/3 acima das 350 senhas vendidas. É muito importante que o associado participe das etapas do campeonato, para garantir esse gatilho e um acréscimo na premiação.

O mapa das inscrições será aberto na segunda-feira, dia 19, desta vez será feito na loja SEMEAR, localizada na BR-101 na entrada do bairro Cidade Satélite, em horário comercial.

Informações: (84) 9620-5153 ou (84) 9926-9760.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

MORMO NO CEARÁ

Aqui no Ceará....não em todas as regiões mas particularmente aqui em nossa cidade (CANINDÉ) vários proprietários de animais não querem fazer os exames de anemia e mormo doenças em equinos que não tem cura e podem pegar no ser humano, com a desculpa de não querer sacrificar o animal para não perder dinheiro, um idiota desse era bem feito que fosse contaminado para ver o que é bom....colocar em jogo a saúde de outros e cavalos
e até mesmo das pessoas que o cercam...
é um sem noção.... PEÇO DESCULPAS PELA EXPRESSÃO, MAIS É ASSIM QUE ME SINTO.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

ADQUIRA COBERTURAS DE DON SHADY DIEGO - UMA MAQUINA DE DERRUBAR BOI


O MELHOR FILHO DE DON DIEGO BARS, UMA MAQUINA DE DERRUBAR BOI

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sábado, 3 de novembro de 2012

EMANUEL GURGEL - "A MÚSICA É UM PRODUTO!"


Foi com Emanuel Gurgel que o forró virou um negócio grande no Ceará. Ao O POVO, o empresário que tem seus métodos copiados até hoje, fala sobre a trajetória de sucesso
A reportagem foi recebida na fazenda onde mora, a Ingá, em São Gonçalo do Amarante. Chegamos na companhia da filha Rebeca, 21, que a todo instante se derretia de afetos ao pai. Foi em seu escritório, improvisado em uma ventilada varanda com vistas para açudes e sertão, que entre um cigarro e outro o empresário Emanuel Gurgel recordou o tempo em que revolucionou a forma de fazer forró no País. (Dalviane Pires)

O POVO - Como o senhor percebeu que forró poderia dar dinheiro?
Emanuel Gurgel - Existem dois tipos de economia: a intuitiva e a científica. A intuitiva diz que você tem uma ideia e acredita nela. Tenho uma filosofia que é um negócio chamado sacada. Você tem que ter a sacada na frente. Eu gostava de ir pra festa dançar. Na época tinha uma banda chamada Black Banda. Toda vida, quando faltava meia hora para o intervalo, a banda começava a tocar forró. O salão ficava lotado. E eu só gostava de dançar forró. Então eu ficava preso numa festa durante umas cinco horas, para dançar poucas músicas. Fiz amizade com o pessoal da banda, fiquei sócio deles. Banquei o disco. Pra você ter uma ideia, quem tocava sanfona há 20 anos atrás era o pedinte, o cego que ia nas feiras. Hoje você não vê mais pedinte tocando sanfona. Todos hoje estão tocando nas bandas de forró.

O POVO - Conseguiu que a banda passasse a tocar só forró?
Gurgel - Foi feita uma reunião com eles e a segunda filosofia que coloquei é que como eles eram de uma banda estourada, não podiam vender as datas. Que as datas tinham que ser bancadas. Festas bancadas é quando você é sócio e a cada festa eu era sócio.

O POVO - Não fechava um cachê...
Gurgel - Isso. Mastruz com Leite, por exemplo, eu não vendia por preço nenhum. E hoje, 20 anos depois, as bandas copiam a ideia. Antes artista nenhum no mundo fazia isso. Por que? Porque o artista é artista, não é comerciante. E eu como não sou artista...

O POVO - Mas como foi o momento da “sacada”, como o senhor diz?
Gurgel - Aí volto à economia científica e intuitiva. Uma depende muito da outra, mas a intuição é muito mais forte. Uma grande ideia revoluciona tudo.

O POVO - Verdade. Mas vamos voltar para a Black Banda...
Gurgel - Sim...a Black Banda simplesmente não quis tocar só forró. Eu dizia “rapaz nós temos que sair do Ceará. Vai ter uma hora que vocês vão cansar e quando cansarem não vão ter mercado além das fronteiras”. E eles não acreditavam.

O POVO - Foi aí que surgiu a sacada de montar a própria banda?
Gurgel - Como eu notei que o salão ficava lotado, pensei: rapaz, se botar uma banda tocando só forró, o salão vai ficar o tempo todo lotado. Era a lógica. O que as pessoas mais reclamavam? Do intervalo musical. Uma hora da manhã parava e ficava até uma e meia, os músicos ficavam cozinhando... Daí montei uma banda chamada Aquarius, mas como peguei músicos da mesma filosofia da Black Banda, não deu certo.

O POVO - E o que o senhor fez?
Gurgel - Resolvi montar uma banda que não tivesse vergonha. Ah, outra marca do Emanuel Gurgel foi dizer no meio da música a vinheta “É o forró Mastruz com Leite”.

O POVO - E isso pegou também nas outras bandas...
Gurgel - Todas as bandas hoje fazem, anunciam. Só uma pessoa no mundo sacou isso. O Mansueto Barbosa, já falecido, um dia me chamou na sala dele e disse: “vou cobrar pra cobrar sua música! Você colocou uma vinheta na sua música. Está vendendo um comercial”. Música é um produto em uma prateleira de consumo. E ou dá certo ou não dá certo.

O POVO - E deu...
Gurgel - Na época o sonho de todo artista era gravar pela Continental. Nós conseguimos o contato. Antes, gravamos o primeiro CD em um estúdio do meu amigo Marcílio, um dos homens mais sérios que eu conheço no mundo da música, que não costuma ter muita gente séria. O índice de safadeza na música é parecido com o Senado, com as devidas proporções. Fomos gravar e não tinha repertório. Conseguimos só duas músicas inéditas. Quando veio a fita cassete para eu tirar a prova, o Marcílio tinha tirado todas as assinaturas “É o forró Mastruz com Leite”. Liguei para o Marcílio e disse “você gravou o maior sucesso da vida do seu estúdio”. Ele começou a rir e eu continuei: “dez horas da noite vai tá todo mundo aí para colocar tudo que você apagou”. Terminamos quase cinco horas da manhã achando o ponto certo.

O POVO - E a Continental aprovou?
Gurgel - E prometeu que o Mastruz e ia tocar na Globo, no Rio...Começaram a vender, vender e como eu era marinheiro de primeira viagem acreditei que o mundo da música era igual ao mundo que eu conhecia, de comerciante sério. Mas era só promessa. Queriam só vender o disco do Mastruz e bye, bye Brasil.

O POVO - E foi aí que surgiu a ideia de criar a SomZoom?
Gurgel - Na época ninguém no Ceará tinha som de qualidade. Todos os sons eram ridículos. Chamei o Trigueiro Neto, do Rio Grande do Norte e disse: “Trigueiro vamos montar um estúdio. Quanto custa?”. Ele disse que era 150 mil dólares. Tudo era dolarizado.Disseram que nunca na vida eu ia ver o retorno desse dinheiro.

O POVO - Mais uma vez a intuição?
Gurgel - A intuição. Quando montei o estúdio, nunca aceitei que o cara gravasse e pagasse as horas. O cara que gravava, eu tinha que ser sócio da gravação dele. Por isso surgiu um monte de banda.s. Eu dava estúdio, a gravação e a ideia. Não existe ninguém do planeta terra pra ter levado cacetada maior da pirataria do que eu. De 520 funcionários a SomZoom tem hoje uns 150.

O POVO - Com o estúdio o Mastruz com Leite estourou mais ainda...Gurgel - A primeira gravação do estúdio foi logo uma cacetada: “Meu vaqueiro, meu peão”. Daí resolvi gravar os próprios CDs, montar uma gravadora, a SomZoom.

O POVO - Resolveu também a questão dos intervalos na festa?
Gurgel - Começamos a tocar cinco horas seguidas. Coloquei dois bateristas, dois sanfoneiros...Como eram muitos shows, acabei ficando preso na minha própria armação. Depois tirei o show pra duas horas e criei uma outra banda. Aí Matruz tocava duas horas e outra banda entrava e Mastruz ia pra outro canto. Quatro, cinco bandas em festa foi ideia minha. A SomZom chegou a ter 11 bandas e 160 músicos. Daí eu comecei a sair do Estado com o Mastruz. No começo essas bandas cobriam o prejuízo do Mastruz fora. Mastruz fez show para 11 pessoas em Recife.

O POVO - Não eram conhecidos?
Gurgel - Não. Ia, levava o disco e fazia promoção com rádios em uma figura conhecida chamada “jabá”. Conhece “jabá”?

O POVO - Conheço, mas não gosto...
Gurgel - Pois eu gosto. Dentro do feijão. Fora isso, sofri muito com ele. Quando deixava em Recife começa a tocar e quando eu dava as costas não tocavam mais. Então a ideia era fazer um negócio que ninguém metesse a mão. Uma rede de rádio. Voltando ao objetivo de que música é um comércio, mandava sinal pras rádios no interior e pagava um tanto para a energia. Ora, o cara não ia gastar funcionário naquele horário, ia ter boa programação e ainda ia ter o dinheiro para pagar a energia...E é por isso que a SomZoom Sat ainda dá tanto certo.

O POVO - Então com a rádio o forró foi pra outros estados?
Gurgel - Empurramos goela adentro.

O POVO - Como nasce um sucesso?
Gurgel - É quando a música vem do povo pra rádio. Você começa a escutar, depois chega na casa de show, depois na rádio, aí não tem no mundo quem segure esse sucesso.

O POVO - Mas como chega na nossa casa sem passar pela rádio?
Gurgel - Uma pessoa faz uma banda, coloca músicas boas, aí faz um CD e entrega pra você, depois uma amiga escuta e tira uma cópia e aí vai. Leva um tempo? Leva. Quando o sucesso é no rádio você vai no atacado. Aqui você vai no varejo e picotado, mas é mais consistente. Hoje a distribuição é no CD, antes era da fita cassete.

O POVO - E como que se identifica uma banda que vai fazer sucesso?
Gurgel - Aí só Jesus Cristo. O que acontece é que muita gente monta uma banda, mas esquece que está montando um negócio. 90% dessas bandas que nascem e morrem no outro dia funcionam assim. Acham que o Emanuel Gurgel ganhou muito dinheiro, ficou rico e não sabem que eu já vivia muito bem antes de ter bandas de forró.

O POVO - Mas explique melhor...
Gurgel - Só existe um jeito de você assumir uma banda de forró para fazer sucesso: é você ter dinheiro para bancar.

O POVO - E o senhor ainda é muito procurado para bancar bandas?
Gurgel - Muito. Até para dar entrevistas. (risos)


Fonte : Jornal O Povo